Trato de Criaturas Magicas - 2º Ano
Capítulo 1 - UMA BREVE HISTÓRIA DA PERCEPÇÃO QUE OS TROUXAS TÊM DOS ANIMAIS FANTÁSTICOS QUE VIVEM OCULTOS
Por mais surpreendente que possa parecer a muitos bruxos, os trouxas nem sempre oram ignorantes a respeito das criaturas mágicas e monstruosas que nos esforçamos há tanto tempo para esconder. Um relance pela arte e a literatura trouxas da Idade Média revela que eles sabiam serem reais muitas das criaturas que hoje consideram imaginárias. O dragão, o grifo, o unicórnio, a fênix, o centauro - estes e muitos estão representados nas obras de arte daquele período, embora com um inexatidão quase cômica.
Contudo, um exame mais atendo dos bestiários trouxas daquele período comprova que a maioria dos animais mágicos ou passou inteiramente despercebida dos trouxas ou foi confundida com outra coisa qualquer.
Examine o fragmento do manuscrito, a seguir, de autoria de um tal Irmão Benedito, um monge franciscano de Worcestershire:
Evidentemente, nosso amigo trouxa tinha descoberto não um furão, como ele supôs, mas um furanzão, muito provavelmente em perseguição à sua vítima preferida, os gnomos.
A compreensão insuficiente é muitas vezes mais perigosa que a ignorância, e o temor que os trouxas tem da magia sem duvida aumentou com seu medo do que poderiam estar escondidos em seus canteiros de ervas. A perseguição dos trouxas aos bruxos nessa época estava atingindo uma intensidade até então desconhecida, e a visão de animais como dragões e hipogrifos contribuía para a histeria dos trouxas.
Não é objetivo deste livro discutir os período de trevas que precedeu a retirada dos bruxos para a clandestinidade.4 Estamos interessados apenas no destino dos animais fabulosos que, como nós próprios, tiveram de se ocultar para que os trouxas se convencesse de que magia não existia.
A Confederação Internacional dos Bruxos discutiu a questão em famosa reunião de cúpula de 1692. Nada menos de sete semanas de discussões, por vezes azedas, entre bruxos de todas as nacionalidades, foram dedicadas ao espinhoso problema das criaturas mágicas. Quantas espécies poderiam ocultar do olhar dos trouxas e quais deveriam ser? Onde e como iríamos escondê-las?
O debate prosseguiu, acalorado, e embora houvesse criaturas inconscientes de que seu destino estava sendo decidido, outras contribuíram para o debate.5
Finalmente chegaram a um acordo.6 Vinte e sete espécies, desde o tamanho de um dragão ao de um bandinho, deveriam ser escondidas dos trouxas, de modo a criar a ilusão de que jamais haviam existido, exceto na imaginação. Este número cresceu no século seguinte, à medida que os bruxos adquiriram maior confiança nos seus métodos de ocultamento. Em 1750 foi inserida no Estatuto Internacional de Sigilo em Magia a Cláusula 73, hoje respeitada pelos Ministérios da Magia do mundo inteiro:
"Todo governo bruxo se responsabilizará pelo ocultamento, cuidado e controle de todos os animais, seres e espíritos mágicos que vivem dentro das fronteiras do seu território. Se tais criaturas causarem mal ou chamarem atenção da comunidade trouxa, o governo bruxo da nação afetada será disciplinado pela Confederação Internacional dos Bruxos."
Capítulo 2 - ANIMAIS FANTÁSTICOS OCULTOS
Seria inútil negar que há violações ocasionais da Cláusula 73 desde sua inserção no Estatuto. Os leitores britânicos mais velhos se lembram do Incidente Ilfracombe de 1932 quando um dragão verde-galês errante mergulhou sobre uma praia apinhada de trouxas que se banhavam ao sol. As fatalidades foram felizmente evitadas pelas medidas corajosas tomadas por uma família de bruxos em férias (condecorada pelo ato com Ordens de Merlim, Primeira Classe), em que seus membros prontamente realizaram a maior operação de Feitiços de Memória deste século nos habitantes de Ilfracombe, afastando por um triz a calamidade iminente. A Confederação Internacional de Bruxos tem aplicado repetidas multas em certas nações por desrespeitarem a Cláusula 73. O Tibete e a Escócia são dois infratores mais insistentes. Os trouxas que vêem iétis têm sido tão numerosos que a Confederação achou necessário basear permanentemente uma Força-Tarefa Internacional nas montanhas do Tibete. Entrementes a maior alga do mundo continua a escapar à captura no lago Ness e parece Ter se desenvolvido uma verdadeira sede de publicidade.
Apesar desses lamentáveis incidentes, nós bruxos podemos nos dar os parabéns pelo bom trabalho que temos feito. Não resta dúvida de que a maioria esmagadora dos trouxas da atualidade se recusa a acreditar nos animais mágicos que seus antepassados tento temiam. Mesmo trouxas que vêem excrementos de pocotó ou rastros de lesmalenta - seria tolice supor que os vestígios de tais criaturas sejam ocultáveis - parecem se satisfazer com a mais inconsciente das explicações não-mágicas.Se algum trouxa tiver o pouco juízo de confidenciar a outros que viu um hipogrifo voando para o norte, as pessoas em geral irão acreditar que ele bebeu ou está "variando". Por mais injusto que isso pareça para com o trouxa em questão, é melhor do que ser queimado na fogueira ou afogado no laguinho do povoado.
Então, como é que a comunidade bruxa esconde os animais fantásticos?
Por sorte algumas espécies não precisam de muita ajuda para evitar serem vistos pelos trouxas. Criaturas como o tebo, o seminviso e o tronquilho têm maneiras próprias e extremamente eficientes de se camuflar, e nunca foi necessário o Ministério da Magia intervir para ajudá-los. Por outro lado, há animais que, graças à inteligência ou à timidez inata, evitam a todo custo o contato com os trouxas - por exemplo, o unicórnio, o bezerro apaixonado e o centauro. Outras criaturas mágicas habitam lugares inacessíveis
Aos trouxas - este é caso da acromântula, nas profundezas da floresta virgem de Bornéu, e da fênix, que faz ninho nos picos de montanhas inalcançáveis sem usar magia alguma. Finalmente, o que é mais comum, temos os animais que são pequenos demais, velozes demais ou gostam demais de passar por animais mundanos e não atraem a atenção dos trouxas - chizácaros, gira-giras e crupes pertence a esta última categoria.
Ainda assim, há animais em números suficientes que, seja ou não intencionalmente, continuam visíveis até aos olhos trouxas, e são esses que geram ma quantidade considerável de trabalho para o Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Esse Departamento, o segundo maior do Ministério da Magia, cuida das variadas necessidades das muitas espécies sob sua responsabilidade, de muitas maneiras diferentes.
Hábitats Seguros
É possível que o passo mais importante para ocultar as criaturas mágicas seja a criação de hábitats seguros. Os Feitiços Antitrouxas impedem que os invasores penetrem nas florestas, onde centauros e unicórnios vivem, e nos lagos e rios designados para uso dos sereianos. Em casos extremos, como o do quintípede, áreas inteiras foram tornadas imapeáveis
Algumas dessas áreas seguras precisam ser mantidas sob constante supervisão bruxa: por exemplo, reservas de dragões. Enquanto unicórnios e sereianos se contentam em permanecer nos territórios destinados ao seu uso, os dragões aproveitam qualquer oportunidade para sair à caça fora dos limites de suas reservas. Em alguns casos os Feitiços Antitrouxas não funcionam, pois os poderes do próprio animal poderão cancelá-los. Tal é o caso do cavalo -do-lago, cujo único objetivo na vida é atrair para si seres humanos, e o do Pogrebin, que sai à procura deles.
Por mais surpreendente que possa parecer a muitos bruxos, os trouxas nem sempre oram ignorantes a respeito das criaturas mágicas e monstruosas que nos esforçamos há tanto tempo para esconder. Um relance pela arte e a literatura trouxas da Idade Média revela que eles sabiam serem reais muitas das criaturas que hoje consideram imaginárias. O dragão, o grifo, o unicórnio, a fênix, o centauro - estes e muitos estão representados nas obras de arte daquele período, embora com um inexatidão quase cômica.
Contudo, um exame mais atendo dos bestiários trouxas daquele período comprova que a maioria dos animais mágicos ou passou inteiramente despercebida dos trouxas ou foi confundida com outra coisa qualquer.
Examine o fragmento do manuscrito, a seguir, de autoria de um tal Irmão Benedito, um monge franciscano de Worcestershire:
Evidentemente, nosso amigo trouxa tinha descoberto não um furão, como ele supôs, mas um furanzão, muito provavelmente em perseguição à sua vítima preferida, os gnomos.
A compreensão insuficiente é muitas vezes mais perigosa que a ignorância, e o temor que os trouxas tem da magia sem duvida aumentou com seu medo do que poderiam estar escondidos em seus canteiros de ervas. A perseguição dos trouxas aos bruxos nessa época estava atingindo uma intensidade até então desconhecida, e a visão de animais como dragões e hipogrifos contribuía para a histeria dos trouxas.
Não é objetivo deste livro discutir os período de trevas que precedeu a retirada dos bruxos para a clandestinidade.4 Estamos interessados apenas no destino dos animais fabulosos que, como nós próprios, tiveram de se ocultar para que os trouxas se convencesse de que magia não existia.
A Confederação Internacional dos Bruxos discutiu a questão em famosa reunião de cúpula de 1692. Nada menos de sete semanas de discussões, por vezes azedas, entre bruxos de todas as nacionalidades, foram dedicadas ao espinhoso problema das criaturas mágicas. Quantas espécies poderiam ocultar do olhar dos trouxas e quais deveriam ser? Onde e como iríamos escondê-las?
O debate prosseguiu, acalorado, e embora houvesse criaturas inconscientes de que seu destino estava sendo decidido, outras contribuíram para o debate.5
Finalmente chegaram a um acordo.6 Vinte e sete espécies, desde o tamanho de um dragão ao de um bandinho, deveriam ser escondidas dos trouxas, de modo a criar a ilusão de que jamais haviam existido, exceto na imaginação. Este número cresceu no século seguinte, à medida que os bruxos adquiriram maior confiança nos seus métodos de ocultamento. Em 1750 foi inserida no Estatuto Internacional de Sigilo em Magia a Cláusula 73, hoje respeitada pelos Ministérios da Magia do mundo inteiro:
"Todo governo bruxo se responsabilizará pelo ocultamento, cuidado e controle de todos os animais, seres e espíritos mágicos que vivem dentro das fronteiras do seu território. Se tais criaturas causarem mal ou chamarem atenção da comunidade trouxa, o governo bruxo da nação afetada será disciplinado pela Confederação Internacional dos Bruxos."
Capítulo 2 - ANIMAIS FANTÁSTICOS OCULTOS
Seria inútil negar que há violações ocasionais da Cláusula 73 desde sua inserção no Estatuto. Os leitores britânicos mais velhos se lembram do Incidente Ilfracombe de 1932 quando um dragão verde-galês errante mergulhou sobre uma praia apinhada de trouxas que se banhavam ao sol. As fatalidades foram felizmente evitadas pelas medidas corajosas tomadas por uma família de bruxos em férias (condecorada pelo ato com Ordens de Merlim, Primeira Classe), em que seus membros prontamente realizaram a maior operação de Feitiços de Memória deste século nos habitantes de Ilfracombe, afastando por um triz a calamidade iminente. A Confederação Internacional de Bruxos tem aplicado repetidas multas em certas nações por desrespeitarem a Cláusula 73. O Tibete e a Escócia são dois infratores mais insistentes. Os trouxas que vêem iétis têm sido tão numerosos que a Confederação achou necessário basear permanentemente uma Força-Tarefa Internacional nas montanhas do Tibete. Entrementes a maior alga do mundo continua a escapar à captura no lago Ness e parece Ter se desenvolvido uma verdadeira sede de publicidade.
Apesar desses lamentáveis incidentes, nós bruxos podemos nos dar os parabéns pelo bom trabalho que temos feito. Não resta dúvida de que a maioria esmagadora dos trouxas da atualidade se recusa a acreditar nos animais mágicos que seus antepassados tento temiam. Mesmo trouxas que vêem excrementos de pocotó ou rastros de lesmalenta - seria tolice supor que os vestígios de tais criaturas sejam ocultáveis - parecem se satisfazer com a mais inconsciente das explicações não-mágicas.Se algum trouxa tiver o pouco juízo de confidenciar a outros que viu um hipogrifo voando para o norte, as pessoas em geral irão acreditar que ele bebeu ou está "variando". Por mais injusto que isso pareça para com o trouxa em questão, é melhor do que ser queimado na fogueira ou afogado no laguinho do povoado.
Então, como é que a comunidade bruxa esconde os animais fantásticos?
Por sorte algumas espécies não precisam de muita ajuda para evitar serem vistos pelos trouxas. Criaturas como o tebo, o seminviso e o tronquilho têm maneiras próprias e extremamente eficientes de se camuflar, e nunca foi necessário o Ministério da Magia intervir para ajudá-los. Por outro lado, há animais que, graças à inteligência ou à timidez inata, evitam a todo custo o contato com os trouxas - por exemplo, o unicórnio, o bezerro apaixonado e o centauro. Outras criaturas mágicas habitam lugares inacessíveis
Aos trouxas - este é caso da acromântula, nas profundezas da floresta virgem de Bornéu, e da fênix, que faz ninho nos picos de montanhas inalcançáveis sem usar magia alguma. Finalmente, o que é mais comum, temos os animais que são pequenos demais, velozes demais ou gostam demais de passar por animais mundanos e não atraem a atenção dos trouxas - chizácaros, gira-giras e crupes pertence a esta última categoria.
Ainda assim, há animais em números suficientes que, seja ou não intencionalmente, continuam visíveis até aos olhos trouxas, e são esses que geram ma quantidade considerável de trabalho para o Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Esse Departamento, o segundo maior do Ministério da Magia, cuida das variadas necessidades das muitas espécies sob sua responsabilidade, de muitas maneiras diferentes.
Hábitats Seguros
É possível que o passo mais importante para ocultar as criaturas mágicas seja a criação de hábitats seguros. Os Feitiços Antitrouxas impedem que os invasores penetrem nas florestas, onde centauros e unicórnios vivem, e nos lagos e rios designados para uso dos sereianos. Em casos extremos, como o do quintípede, áreas inteiras foram tornadas imapeáveis
Algumas dessas áreas seguras precisam ser mantidas sob constante supervisão bruxa: por exemplo, reservas de dragões. Enquanto unicórnios e sereianos se contentam em permanecer nos territórios destinados ao seu uso, os dragões aproveitam qualquer oportunidade para sair à caça fora dos limites de suas reservas. Em alguns casos os Feitiços Antitrouxas não funcionam, pois os poderes do próprio animal poderão cancelá-los. Tal é o caso do cavalo -do-lago, cujo único objetivo na vida é atrair para si seres humanos, e o do Pogrebin, que sai à procura deles.